Criança, ser de ternura,
Delicado, pequenino
Revela no seu sorriso
A presença do divino!
*
Nas mãozinhas que se estendem
Há um pedido de esperança
Um afago e uma certeza
E um projeto que se lança!
*
Mas quanto se falta ainda
Em respeito e afeto pleno
Às crianças deste mundo
Neste início de milênio!
*
Desde que o Cristo disse
Que o Reino delas seria
Uma epopeia de séculos
Em seu favor se veria!
*
Sem voz, valor ou cuidado
Esquecidas, maltratadas,
Só há pouco foram sentidas
Como pessoas amadas!
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Descobertas por aqueles
Inspirados em Jesus
Finalmente compreendidas
Como potências de luz!
*
Foram Comenius, Rousseau
Seus grandes reveladores
Pestalozzi e Montessori
E outros mais educadores!
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Trouxeram à luz a infância
Nas trilhas da educação
Desbravando à humanidade
Caminhos do coração!
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Mas ainda que violências!
Que mortes em todo mundo!
Que abusos e que maus tratos!
Que vilipêndio profundo!
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As africanas minguando
As da China escravizadas!
As brasileiras no asfalto!
E as das guerras, massacradas!
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As que crescem sem um teto,
Sem escola e sem pudor,
As que carecem de tudo
Até de um pouco de amor!…
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Mesmo as com carro de luxo,
Poderosas e bonitas,
Muitas delas estão sós
Com almas secas e aflitas!
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E a escola, esse cemitério
Das mentes mais promissoras,
Onde a lousa seca a vida
Nos lábios das professoras!
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Obrigações sem sentido!
Conhecimento sem nexo!
Depois da escola a TV
Com sangue, consumo e sexo!
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Crianças feitas adultos
Como nos tempos antigos!
Sem a ternura inocente
Distantes de pais amigos!
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Ainda o mundo se mostra
Lugar hostil e inseguro
Para muitas dessas almas
Que vêm buscar seu futuro!
*
É preciso ação ativa,
Incessante militância,
A ternura à flor das almas
Para que se salve a infância!
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Que o olhar de uma criança
Não se manche de violência!
E que mãos cruéis e impuras
Não lhe roubem a inocência!
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Que nenhuma voz se altere
Para humilhar esse ser!
Que nenhuma mão se erga
Para ferir e bater!
*
Espalhe-se uma vontade
De aconchego e proteção!
De reverência e carinho
Diálogo e educação!
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As crianças são sementes
Em plena germinação
E vão perfumar a terra
se amadas de coração!
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São a esperança que Deus
Empresta ao nosso futuro
Mas só se farão promessa
Se o seu presente for puro!
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Que cada adulto se faça
Abolicionista ardente
Da escravidão da criança
Neste mundo ainda doente!
*
Liberdade para as almas
Frutificarem no amor!
Dignidade às crianças
Do Nepal ao Equador!
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Negras, brancas, amarelas
São todas lindas e iguais!
Só necessitam de mãos
Que lhes dêem fé e paz!
*
O Reino de Deus virá
Sobre esta terra de dor
Só quando não mais houver
Crianças sem pão e amor!
*
Powerpoint deste poema: Manifesto
27 junho, 2011 at 11:33 am
É mais uma fonte de pesquisa para educadores.
Já repassei aos meus contatos, pois só reenvio informações úteis.
Muita saúde e energia para seguir educando aos que buscam conhecimentos através do teu saber.
Bj
Izabel – SP.