“Não se pode esconder: escolas e institutos de educação estão de muitas maneiras distantes da vivacidade da influência natural do meio doméstico para o despertar de um estado de ânimo positivo e de uma participação ativa em tudo o que é educativo.” (Ein Wort über Schulen und Erziehungshäuser – Band 27)
“A educação moral não deve ser trazida de fora para dentro da criança, mas deve ser uma conseqüência natural de uma vivência moral.” (Ein Wort über Schulen und Erziehungshäuser)
“A meta para o qual o método tende constantemente e em todas as coisas, é de atingir, vivificar e fortificar o que há de verdadeiramente humano, espiritual e moral na criança. Em outros termos, ele considera e trata a criança, desde o primeiro momento, como uma natureza humana, espiritual e moral e reconhece nele principalmente esta existência e esta atividade. O fundamento de sua confiança na criança é a primeira revelação divina a respeito do homem, que é na realidade uma imagem de Deus. Longe de considerá-la como uma tábula rasa, sobre a qual é preciso escrever, como um vaso vazio que deve ser preenchido, ela o vê ao contrário como uma força real, viva, ativa por si mesma, que desde o primeiro momento de sua existência, opera, organizando, como um corpo orgânico sobre seu próprio desenvolvimento e extensão…(…) A natureza externa, os cuidados maternos, o entorno doméstico despertam e determinam, regulam e dirigem entretanto, por sua influência, a atividade dessa força, mas eles nada podem sobre a sua natureza.” (Méthode théorique et pratique)
“A educação moral nada mais é que o desenvolvimento da vontade humana pelos sentimentos mais elevados do amor, do reconhecimento e da confiança; desenvolvimento que se funda sobre a perfeição na qual esses sentimentos se manifestam, desde sua primeira aparição, nas relações que se estabelecem entre mãe e filho.” (Méthode théorique et pratique)
“Embora a força da Natureza conduza irresistivelmente à verdade, não há constrangimento nessa condução. O som do rouxinol que ecoa na escuridão e assim todas as coisas da natureza flutuam em refrescante liberdade, sem a mínima sombra de uma inoportuna ordem em série. Se houvesse uma ordem em série, constrangedora e forçada, no modo de ensinar da natureza, também ela formaria de modo parcial, e a verdade não preencheria doce e livremente a plenitude do ser humano.” “O homem perde o equilíbrio de seu poder, a força da verdade, se o seu espírito for conduzido com violência e parcialidade para um objeto. Por isso, o modo de ensinar da natureza não é violento.” (Die Abendstunde eines Einsiedlers)
“A criança não é como uma tabula rasa, um recipiente vazio, que deve ser preenchido com matéria estranha, mas sim uma força real, viva e autônoma, que já no primeiro instante da sua existência age coordenando organicamente sobre seu próprio desenvolvimento e expansão… A Educação deve recorrer espontaneamente à vontade da criança, ao seu impulso para a Verdade, ao seu gosto pelo Belo e à sua ânsia pelo Bem. A Educação não deve caminhar no sentido negativo de entravar o mal, mas no sentido positivo de vivificar o Bem.” (Lenzburger Rede)
“O verdadeiro educador, cheio de humildade, sentindo as fraquezas e as limitações de sua própria personalidade, não ousa intervir violentamente no desenvolvimento do aluno, para determinar arbitrariamente o seu rumo, e satisfazer seus próprios conceitos, metas e opiniões. Com santo pudor, ele alimenta e cuida daquilo que existe na criança, como de uma planta que o Pai celestial plantou.” (Lenzburger Rede)
“No íntimo da nossa natureza, há um santo ser divino, cuja formação e cuidado, pode elevar o homem para a dignidade interior da sua natureza, e só através disso ele se torna homem.”
24 maio, 2012 at 10:38 pm
Muito tri esse blog,gosto de ler sobre Educação e Educadores embora eu tenha apenas 16 anos,e confesso que quanto mais leio sobre educação,mais repugno a educação atual da qual sou aluno,pra mim estudar(na escola)é um peso,prefiro ler em casa do que ficar cinco horas ouvindo sentado uma voz maçante e uma matéria chata distante do que me atrai.Ainda bem que este é o último ano,depois vestibular e se Deus quiser faculdade.
3 setembro, 2017 at 9:23 pm
Dora, adorei o texto.
Vou reler sempre!!
O Professor Pestalozzi era um jardineiro e tanto, um produtor do conhecimento humano, era incapaz de colher através de perguntas o conhecimento do seu aluno no tempo errado, esperava pacientemente a natureza interior da criança despertar e assim trazer a resposta pelo amadurecimento do seu ser.
Mais uma vez parabéns pelo texto.
Até!