Minha relação com Paulo de Tarso

E eis que no meio da estrada repentina luz se faz, mais luminosa que o sol, quase ofuscando o rapaz. Tremendo de comoção, Saulo tomba do camelo. No céu se rasga um caminho e desce alguém para vê-lo. Voz suave, olhar profundo, rosto belíssimo, santo, pergunta esse Alguém a Saulo: — Por que me persegues tanto? Responde Saulo espantado: — Mas quem sois vós, meu Senhor? — Sou Jesus, a quem persegues, com tanta raiva e rancor! Saulo chora, se arrepende, ajoelhado sobre a estrada. Ante Jesus majestoso. seu orgulho vira nada!

E eis que no meio da estrada
repentina luz se faz,
mais luminosa que o sol,
quase ofuscando o rapaz.
 
Tremendo de comoção,
Saulo tomba do camelo.
No céu se rasga um caminho
e desce alguém para vê-lo.
 
Voz suave, olhar profundo,
rosto belíssimo, santo,
pergunta esse Alguém a Saulo:
— Por que me persegues tanto?
 
Responde Saulo espantado:
— Mas quem sois vós, meu Senhor?
— Sou Jesus, a quem persegues,
com tanta raiva e rancor!

 

Há exatos 40 anos, quando tinha apenas 11 anos de idade, li pela primeira vez Paulo e Estêvão, romance de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier. Ou melhor, minha mãe leu em voz alta para mim, porque descobriu que eu estava lendo escondido no banheiro. Ela achava que o livro era muito pesado para minha idade e não queria que eu lesse. Mas acabou ela mesma fazendo a leitura, não sei se censurando alguma coisa. Morávamos então em Berlim. E no inverno sombrio daquela cidade, na época ainda com o muro, que tanto nos deprimia, fiquei apaixonada pela figura de Paulo, pela história de sua vida.

Depois dessa primeira vez, li mais que 50 vezes esse livro. E isso não é hipérbole. Parei de contar quando cheguei à 50ª leitura. E passei a estudar vorazmente todas as versões da vida do apóstolo. A que está nos Atos, suas Epístolas, li narrativas católicas, protestantes, ateias e a que mais me encantou foi a escrita na primeira metade do século XX, por um judeu, Sholem Ash, intitulada O Apóstolo. Nos últimos 15 anos, com o intenso envolvimento com a Pedagogia Espírita e questões educacionais, não me dediquei mais a esse tema.

Agora estou lançando o livro de Saulo a Paulo, a história recontada inteiramente em versos para crianças e que faz parte da série Grandes Pessoas. Na verdade, muito antes de imaginar lançar essa série, quando ainda nem tinha fundado a Editora Comenius e minha mãe ainda estava encarnada, escrevi esse texto, constituído de 70 estrofes. Talvez uns 18 ou 19 anos atrás.

Por conta desse lançamento, reli de cabo a rabo Paulo e Estêvão e decidi fazer esse balanço público da minha relação com Paulo de Tarso. Essa releitura me fez muito bem, porque me levou às motivações profundas que enraizaram os ideais dessa minha presente vida e aos sentimentos mais viscerais que ainda nutrem a minha personalidade.

Primeiro, devo dizer, que o romance de Emmanuel resistiu ao tempo, em sua estrutura literária, belissimamente escrito, em sua mensagem que revitaliza o espírito e acende ideais. Apesar, é claro, de hoje minha visão a respeito desse livro ser muito diversa de anos atrás. Dediquei-me ao estudo dos primeiros 300 anos de Cristianismo, com autores como Bart Ehrman, Richard Rubenstein ou Paul Johnson, afora todas as novidades de manuscritos descobertos no século XX, que lançaram novas luzes sobre os Evangelhos. Com esse conhecimento, fica claro que o romance de Emmanuel é um romance. Tem uma validade histórica relativa. Por exemplo, sabemos hoje que os conflitos entre Paulo e Tiago não foram tão amistosos como parecem ter sido nos relatos de Emmanuel, com uma reconciliação final tão fraterna e cristã. Mais: Paulo certamente conservou traços de autoritarismo de sua personalidade depois de sua conversão. E não se tornou aquele modelo de humildade que Emmanuel retrata. Outra coisa que me chamou atenção nessa leitura de agora: na narrativa de Emmanuel, a leitura e a cópia de um manuscrito de Levi ocupam lugar central da história. Todos os apóstolos liam, copiavam etc. Hoje se sabe que eram todos analfabetos. Com exceção do próprio Paulo, que era doutor da Lei e talvez de Mateus (ou Levi), que era cobrador de impostos. A escrita e a leitura não ocupavam essa centralidade entre os primeiros cristãos, mas sim o ensino oral, pois a maioria da população não sabia nem ler nem escrever.

Tudo isso apenas para dizer que os romances mediúnicos (os bons romances que hoje nem existem mais) não têm a intenção de nos dar informações históricas, porque cabe a nós, encarnados, pesquisar a História. A intenção dos Espíritos é de nos edificar com uma mensagem estimulante, uma inspiração positiva – como aliás, fez comigo.

Mas voltemos à figura de Paulo. Passado esse arrebatamento juvenil pelo apóstolo, tive que me defrontar com as numerosas críticas que existem em torno de sua doutrina e atuação. Muitos historiadores do cristianismo, entre eles Charles Guignebert (que li por conselho de Herculano Pires) ou Paul Johnson, consideram que Paulo é o verdadeiro fundador da Igreja, tendo lançado a base dos dogmas que ainda empanam a pureza da mensagem de Jesus. Exemplo disso é a ideia do pecado original, que não aparece nas palavras de Cristo, sempre otimista em relação ao ser humano: “vós sois deuses”, “sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito”.

Outra acusação séria e verdadeira, feita a Paulo, é que se encontram em suas epístolas, traços do machismo que promoveu a exclusão da mulher como participante ativa nas práticas cristãs. E ainda há seu conservadorismo político, manifesto por exemplo na Epístola aos Romanos, que pode ter fundamentado a teoria do “direito divino” na Idade Média, ideia segundo a qual temos de respeitar a autoridade constituída, porque ela foi posta por Deus.

É verdade que Paulo, como ex-doutor da Lei judaica, como filho de seu tempo, numa cultura greco-romana e judaica (as três extremamente patriarcais), inserido num contexto pessoal de culpa (tinha matado Estêvão, promovido vasta e sangrenta perseguição aos cristãos), impregnado dos conceitos bíblicos do pecado, não poderia se furtar a carregar tudo isso para sua interpretação da mensagem de Jesus! Não é possível julgarmos um homem de dois mil anos atrás, com nossos conceitos de hoje. Ele compreendeu e traduziu Jesus, como um ex-doutor da Lei daquele contexto histórico e com aquela história pessoal poderia compreender!

Mas o que pode ainda nos inspirar Paulo, sua luta, sua vida?…Muitas coisas. Tanto que ao reler sua história agora, aos 51 anos de idade, consegui sentir em mim as mesmas emoções motivadoras, que me tocaram aos 11 anos de idade.

Embora carregando para a sua tarefa de difusão do cristianismo nascente, as marcas de sua herança cultural, só Paulo podia fazer o que fez: arrancar a mensagem de Jesus do exclusivismo judaico e espalhá-la aos quatro cantos do Império Romano. Não foi à toa que Jesus o chamou para isso. O que me fascina em Paulo, ainda hoje, é seu espírito desbravador e universalista, fiel até o sacrifício e a morte a uma incumbência recebida. É daquelas almas que quando possuídas de um ideal, quando encarregadas de uma missão, não medem esforços, não se detém diante de nenhum obstáculo, percorrem estradas, atravessam mares, se defrontam com inimigos e vão até o fim. Devoção sem limites, ímpeto sem descanso, coragem sem esmorecimento.

Exatamente dessas virtudes precisava o homem que fosse desentranhar a mensagem de Jesus do seu horizonte apenas judaico, para lançá-la ao mundo e semeá-la na história e fazer com que ainda hoje a tivéssemos em mãos. E isso, apesar de suas licenças históricas, o romance de Emmanuel retrata muito bem.

E exatamente dessas virtudes que precisa qualquer pessoa ainda hoje que queira levar adiante uma causa nobre, que queira participar do bom combate pela mensagem do Reino, qualquer pessoa que tenha recebido alguma incumbência existencial que implique em mexer com mentalidades cristalizadas, com corações adormecidos, para acordar consciências!

Mudanças significativas, desbravamento de novas ideias, semeaduras de paradigmas transformadores não se fazem com pessoas mornas, pacatas e sossegadas no seu canto. É preciso garra e paixão, ímpeto e capacidade de sacrifício para empreendimentos assim. Isso não significa santidade e perfeição, como Paulo não era santo, nem perfeito. Apenas a pessoa certa para a tarefa em vista.

A personalidade de Paulo também me atrai pela sua sinceridade absoluta, com seu ódio à hipocrisia, pela sua incapacidade de fazer compromissos com princípios e ideias (o que para muitos pode parecer agressividade e inflexibilidade).

É fácil entender por que Paulo tanto me encantou. Minha tarefa existencial – que não é maior ou melhor do que outras tarefas – também requer essa coragem, esse espírito desbravador e essa sinceridade de princípios.

Às vezes, isso não agrada a muitos. Mas, espero estar cumprindo com a fidelidade paulinamente teimosa a incumbência recebida. A releitura de Paulo me realimentou, passados 40 anos, os mesmos sentimentos apaixonados de agir pela mensagem do Reino, nesse mundo que ainda é um grande Império Romano. E não posso deixar de mencionar que o meu grande inspirador na infância e adolescência, J. Herculano Pires, assinou durante décadas uma coluna no Diário de São Paulo, com o pseudônimo de Irmão Saulo. Coincidência de inspirações?

Para finalizar, uma consideração a respeito das Epístolas de Paulo, que hoje são consideradas pelos pesquisadores das escrituras como efetivamente os documentos mais antigos que temos do cristianismo primitivo (todos os evangelhos foram escritos depois das epístolas): apesar das heranças judaicas, apesar de algumas ressonâncias da cultura da época, esses textos de Paulo contém pérolas espirituais muito valiosas. Por exemplo, apesar da ideia de pecado original, há frases profundamente otimistas em relação ao ser humano, como “somos herdeiros de Deus e co-herdeiros do Cristo”. E apesar de muitas vezes se acusar Paulo de ser um espírito duro e autoritário, ele escreveu umas das mais belas páginas de todos os tempos sobre o amor:

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é paciente, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (Cor. I, 13)

 


22 respostas para “Minha relação com Paulo de Tarso

  • Rita de Cássia

    Realmente, Dora, Paulo nos inspira à luta, ao bom combate; nos motiva externamente e faz com que nos motivemos internamente, pois somos todos da mesma essência divina, mas cada um de nós tem a sua missão, que pode ter maior ou menor abrangência no coletivo… O que importa é a mensagem que podemos colher a cada leitura, a cada momento em que nos encontramos na vida.
    E com seu livro certamente as crianças (de todas as idades) que o lerem poderão colher da inspiração que você colheu desde suas primeiras leituras e as demais, sobre a vida de Paulo.
    O apóstolo nos lembra que todos nós também podemos ser como ele, materializar a missão que nós mesmos nos dispusemos a realizar, com amor e pelo amor. \o/

  • Claudia Franco

    Muito estimulante e motivador esse seu relato Dora !! Você captou e conseguiu retransmitir com palavras o espírito empreendedor, corajoso, determinado, e tantas outras características, que são como motores de arranques para quem só precisava de “combustão” !!!!!

  • Beckschen

    Paulo é uma rara e rica inspiração, por sua força impressionante, sua fidelidade ao próprio projeto existencial, por estar pleno em sua tarefa. Sendo assim, também você é inspiração para muitos, querida.

    Seu texto é lindo, esclarecedor, instrutivo.
    Parabéns!

    E parabéns pela belíssima obra que nasce de suas habilidosas mãos: De Saulo a Tarso – História contada em versos, que encanta a todos, tanto pela forma quanto pelo conteúdo.

    Gratidão!
    Beijos!

  • abelsidney

    grato, Dora, por nos suscitar as emocões das leituras do Paulo e Estevão e pelo complemento vitamínico das suas outras considerações!

    é sempre bom lembrar que tarefa, vocação, trabalho no Bem há se sempre nos exigir a citada “teimosia paulina”. que estejamos revestido dela para o cumprimento de nossas jornadas!

  • abelsidney

    grato, Dora, por nos suscitar as emocões das (re)leituras da obra “Paulo e Estevão” e pelo complemento das suas considerações que você teceu em torno da obra e do apóstolo.

    tarefa, vocação, trabalho no Bem sempre nos exigirá a citada “teimosia paulina”. que estejamos revestido dela para o cumprimento de nossas jornadas!

  • Ligia Cabral Barbosa

    A plêiade de espíritos iluministas intitulada de “A Verdade” que acercou-se Allan Kardec no intuito de fomentar a escrita da Doutrina dos Espíritos tem neste episódio bíblico uma grande referencia. É nesse exemplo da modificação da rota de vida do “Saulo centurião perseguidor” para o “Paulo messiânico Cristão” que está um modelo arrojado de transformação. Arrojado e sempre moderno, porque enquanto planeta em evolução a terra terá sempre muitos Saulos e quanto mais cedo, eu diria que já na Primeira Infância os espíritos aqui reencarnados tomarem conhecimento desta verdade melhor estaremos proporcionando evolução e evolução com amor / caridade: …Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine!… Portanto, mil parabéns pra você Dora !

  • Alexandre Pereira

    Dora, eu costumo associar a conversão de Paulo à finalidade da reencarnação, mas baseado ainda em Paulo e Estêvão. Quando admitiu que estava errado em sua perseguição, ele poderia ter se martirizado, se anulado em remorsos e ter perdido toda sua capacidade de ação, o que não aconteceu. A humildade em reconhecer o erro e canalizar seu potencial para outro caminho (mesmo que ele tenha cometido erros após a conversão, mas ainda assim vivendo suas ideias sem fazer concessões) me parece um exemplo do que deveríamos fazer não só nessa vida, mas após desencarnarmos, porque a ideia da auto punição do carma, de pagar as dívidas do passado faz com que a maioria desencarne e, cheia de culpa, peça para passar as maiores provações na próxima. Para mim, fica tudo bem amarradinho quando associo a conversão de Paulo a frases como “meu julgo é leve”, de Jesus, ou populares como “a vida é bela, a gente é que empataca ela”. Que serventia tem para Deus eu tomar um tiro numa encarnação porque atirei em alguém em outra? Seria bem melhor estudar e ser um médico especializado em trauma. Acho que se aprendêssemos essa lição de nos perdoarmos porque somos falíveis, para seguir em frente sem perder nosso potencial de ação, como Paulo fez, sairíamos mais rápido de círculos reencarnatórios. Bjs.

  • Cida Vasconcelos

    Obrigada. De coração. Que Deus a proteja e fortaleça. Grata por enriquecer a compreensão e por em palavras um sentimento que alimento por este personagem antagônico e ao mesmo tempo apaixonante. Gostaria de um dia connhecê-lo e senti-lo tão bem assim, pois intuo que ele, principalmente por seus defeitos, nos aproxima mais ainda de Deus pois assim fica mais fácil de nos identificar com ele e ver a possibilidade de mudar.

  • veroni kotoman

    Já li e reli Paulo e Estevão, cada vez que o faço, me trás grande emoção..e como sou uma admiradora de seu trabalho, mais emoção me causa a obra de Emmanuel e sua pesquisa me agrega outros conhecimentos….muito obrigada por nos trazer clareza de ideias.

    Assim como Allan Kardec o Educador, me foi muito esclarecedor sobre sua vida.
    Parabéns, beijosss.

  • Luzia Helena Juliatti

    Obrigada, Dora, pelo belo poema e muito mais pelas palavras de estímulo! Que você continue carregando essa bandeira de desbravar a educação verdadeiramente como ela necessita ser!Parabéns, Dora, continue na boa luta! Abração

  • Alencar Campitelli

    Olá!! Informo que publiquei sua matéria no meu blog: http://conceitoespirita.blogspot.com.br/ Obrigado. abraços!!

  • Lieje Bonetti

    Lindíssimo repassei para meu grupo! Adoro ler seus artigos! Lieje Gouveia

    Lieje te envia.

    >

  • Deise Toledo Carrijo

    Lindo poema, “arrepia” a alma!
    Coincidência ou não, estou conversando com a garotada sobre Cristianismo, em sequência SAULO DE TARSO!
    Obrigada pela maravilhosa “releitura” fundamentadas em estudo profundo nos ajudando a melhor compreender os caminhos do cristinismo.

    um grande beijo

  • jrkunturcc

    Mas minha filha eu que poderia comentar ante essa enxurrada de conhecimento que vejo aqui…o único que eu posso digitar é…..MARAVILHOSO!

  • claudia

    Querida Dora , mais uma vez, grande texto. É esse, sem dúvida o papel da leitura, inspirar e transformar e no seu caso, reinventar! A coleção Grandes Pessoas tem essa vocação: apresentar para crianças grandes personalidades que viveram entre nós e que também passaram por uma transformação diante das mais diversas inspirações. Outro elemento a considerar é o “gosto de quero mais” provocado por textos instigantes; ir além do poema, do romance, penetrar pela história e pela ciência até esgotar as fontes e finalmente deparar-se com o humano! É sobre isso que se trata a Educação! bjs

  • Marta Fernandes de Oliveira

    Paixão partilhada.Obrigada

  • “De Saulo a Paulo”, de Dora Incontri |

    […] Minha relação com Paulo de Tarso (*) […]

  • Roberto Suenaga Rolim de Paula

    obrigado! Minha querida!!

  • Leonardo Botti

    Olá Dora, obrigado pelo texto. Sou um grande admirador do seu trabalho. Não sei se você já leu, mas gostaria de lhe recomendar um livro que li recentemente que reforçou muito minha admiração por Paulo. Chama-se “The First Paul – Reclaiming the Radical Visionary Behind the Church’s Conservative Icon”, de Marcus Borg e John Dominic Crossan, dois historiadores norteamericanos.
    Abs, Leonardo

  • Dárcio A. Cintra

    Dora, das 13 cartas paulinas, apenas 7 são consideradas realmente de sua autoria, então, o machismo presente não é dele (salvo algum engano da minha parte, este machismo está presente em cartas que ele não teria escrito, mas nas quais utilizaram seu nome). Numa bela palestra proferida por Lair Amaro, “As Cartas de Paulo”, que você pode encontrar na internet, o historiador mostra que Paulo pregava a igualdade e que tinha a mulher no mesmo nível do homem, em importância. Abraços.

  • Dárcio A. Cintra

    Dora:

    http://quem-escreveu-torto.blogspot.com.br/2013/02/paulo-introducao-sobre-as-cartas.html

    Aqui podes ver o resumo das Cartas, sobre sua autenticidade. Se você já conhece o assunto (provavelmente sim), desconsidere. Abraços.

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